Na onda dos holofotes de pautas conservadoras decretadas por Trump, o governo Milei considera retirar a Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris, além de eliminar o crime de feminicíd1o do Código Penal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu uma enxurrada de decretos e diretivas ao tentar deixar sua marca em seu novo governo em questões que agradam a ala direita mundial. Trump assinou decretos declarando a imigração ilegal na fronteira entre os EUA e o México uma emergência nacional. Também revogou decretos que haviam promovido a diversidade, a equidade e a inclusão além de direitos para pessoas LGBTQ+ e minorias raciais, cumprindo promessas de reduzir as proteções para os norte-americanos mais marginalizados. Trump também assinou a retirada dos EUA do tratado climático de Paris, incluindo uma carta às Nações Unidas explicando a retirada. Em outro decreto, Trump retirou os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), dizendo que a agência global de saúde havia lidado mal com a pandemia da Covid-19 e outras crises internacionais de saúde. Trump assinou um decreto que, segundo ele, tem como objetivo "restaurar a liberdade de expressão e acabar com a censura federal". O presidente Javier Milei da Argentina, também promoveu mudanças que refletem uma postura alinhada com políticas libertárias e conservadoras, buscando revisar questões consagradas em acordos internacionais e no Código Penal, como a retirada do feminicíd1o do Código Penal, sob o argumento de que a vida de uma mulher não deve ser considerada mais valiosa do que a de um homem. A possível saída da Argentina da OMS e do Acordo de Paris também tem gerado controvérsias. Para deputados e senadores aliados de Jair Bolsonaro, a decisão de Trump de suspender as atividades da agência governamental para o desenvolvimento estrangeiro seria “a mais relevante”. A USAID é o órgão do governo americano responsável por ajudar organizações não governamentais ao redor do mundo. Durante seu mandato, Bolsonaro foi crítico do trabalho de ONGs internacionais no Brasil. Assim, a suspensão das atividades da agência pode impactar financeiramente em ONGs que atuam no Brasil.
