Em delação no ano passado, o ex-ajudante de ordens admitiu a sua participação no esquema e apontou Bolsonaro como o mandante
A fraude em cartões de vacinação pode ter implicações legais e políticas. De acordo com as investigações, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por um suposto esquema de falsificação de vacinas. O grupo ligado a Bolsonaro teria inserido informações falsas de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para obter vantagens ilícitas. Esses dados falsos foram inseridos pouco antes de Bolsonaro viajar aos Estados Unidos, quando os EUA exigiam comprovante de vacinação para a entrada de estrangeiros. Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, também está entre os indiciados. Ele teria emitido cartões falsos de vacina para sua família. A situação é complexa e está sob investigação. A Polícia Federal deflagrou, na quinta-feira (5), a segunda fase da Operação Venire, que apura a existência de novos envolvidos no caso das fraudes em cartões de vacinação de Covid-19 de Jair Bolsonaro, familiares e aliados do ex-presidente. As ordens contra alvos da organização criminosa responsável pela inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde, foram assinadas por Alexandre de Moraes.