A justiça condenou os pais por terem desviado parte dos R$ 3 milhões que conseguiram arrecadar na campanha AME Jonatas
O menino Jonatas, lutava contra uma doença grave e degenerativa, a AME (Atrofia Muscular Espinhal). O tratamento para barrar o desenvolvimento da doença é feito com um medicamento importado. Cada dose custa cerca de R$ 350 mil. Logo após o nascimento do menino, sem recursos para fazer o tratamento adequado, a família lançou uma campanha que se tornou nacional. Em pouco mais de um ano, foram arrecadados cerca de R$ 3 milhões. O casal foi investigado pela Polícia Civil e indiciado pelo MPSC, por usar de forma indevida parte deste dinheiro. O inquérito, assinado pela delegada Georgia Basto, tem mais de mil páginas. Em outubro do ano passado, o juiz da 4ª Vara Criminal de Joinville, Edson Luiz de Oliveira, aceitou a denúncia do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) contra os pais do pequeno Jonatas, Renato Henrique Openkoski e Aline da Cunha Souza. O casal foi condenado e preso, após um ano foragido por desvio de dinheiro arrecadado para aquisição de medicamento e deve responder criminalmente pelas acusações de estelionato e apropriação indébita dos recursos da campanha AME Jonatas. Mesmo durante as investigações, o pai de Jonatas, Renato Openkoski, foi candidato a deputado estadual pelo PDT usando o nome ‘Renato Pai do AME Jonatas’ para tentar se eleger. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, mais de R$ 24 mil foram destinados à campanha, que terminou com menos de 200 votos.