A qualidade dos alimentos, essencial para a saúde e bem-estar, deve ser mais importante que o preço final da Cesta Básica para a população?
O governo assinou um decreto, na última terça-feira (5), criando a "nova cesta básica". Com a medida, a composição de alimentos será alterada como parte de um pacote de ações voltadas à segurança alimentar e nutricional, e combate à fome. De acordo com o governo federal, a nova cesta básica é um resultado da parceria entre o Ministério de Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e órgãos e entidades federais da área da segurança alimentar. O documento prevê a cesta básica com uma composição mais diversificada, somente com alimentos in natura ou minimamente processados. O objetivo é nortear uma política pública nacional de alimentação, de forma a suprir as necessidades alimentares de cada região, além de priorizar os alimentos oriundos da agricultura familiar. Já os alimentos ultraprocessados – produzidos a partir do uso da adição de corantes, aromatizantes e emulsificantes, por exemplo – serão impedidos de serem incluídos na cesta básica. A decisão parte do entendimento de que o consumo deste grupo de alimentos aumenta as chances de desenvolvimento de doenças. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) acredita que o governo Lula deve antecipar a desoneração de alimentos básicos, como carne, leite, ovos e arroz. A iniciativa visa responder à queda na aprovação do governo e pode impactar tanto o preço quanto a qualidade dos alimentos na cesta básica. É importante que políticas públicas considerem ambos os aspectos para garantir acesso a alimentos saudáveis e a preços justos para a população.