A criação de um Estado Palestino é uma questão complexa, especialmente devido ao conflito com Israel, que se estende por 75 anos
Especialistas em direito internacional identificam quatro fatores principais para a formação de um Estado: um grupo de pessoas com identidade e aspirações comuns; uma área geográfica definida que o Estado reivindica como seu; uma estrutura política e administrativa que exerce autoridade sobre o território e o povo e a habilidade de conduzir relações com outros Estados de forma soberana. O Brasil é um defensor da criação de um Estado Palestino independente, soberano e economicamente viável, que coexista com Israel em paz e segurança. No entanto, é importante observar que a situação é delicada e envolve muitos atores internacionais com diferentes perspectivas e interesses. Após os ataques de Israel, houve sinais de mudança na posição de alguns países em relação à criação de um Estado Palestino. Historicamente, os EUA formalmente apoiaram uma solução de dois estados para o conflito no Oriente Médio. No entanto, após os ataques do Hamas em outubro de 2024, o governo dos EUA expressou maior comprometimento com a criação de um Estado Palestino independente. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que os EUA estão “ativamente buscando o estabelecimento de um Estado Palestino” após a guerra em Gaza. Ministros da UE reiteraram seu apoio à criação de um Estado Palestino ao lado de Israel como parte de um acordo de paz abrangente a longo prazo. Enquanto muitos países ainda não reconhecem oficialmente a Palestina como um Estado, é importante observar que a opinião pode variar. Por exemplo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou a criação de um Estado palestino após a guerra em Gaza, mas diplomatas continuam a discutir a possibilidade de uma solução de dois estados. Em resumo, a questão da criação de um Estado Palestino continua sendo um tópico complexo e dinâmico na política internacional, com diferentes países adotando posições variadas.
